-> Como já estudado, os portugueses estabeleceram feitorias ao longo da costa africana enquanto buscavam uma rota marítima para as Índias.
-> Esses postos comerciais fortificados serviam como pontos de parada nas longas viagens.
-> Os portugueses negociavam produtos como especiarias, tecidos, temperos e marfim.
-> Os portugueses também realizavam o comércio de pessoas escravizadas com os governantes locais.
-> De muitas dessas feitorias, partiram navios carregados de mão de obra escravizada para as colônias na América.
-> Nas primeiras décadas da colonização da América, os portugueses também adotaram o sistema de feitorias, embora em menor quantidade do que na África.
-> As feitorias portuguesas no Brasil eram diferentes das da África e das Índias.
-> Isso porque a organização dos povos locais e o acesso a produtos primários variavam entre os continentes.
-> Conforme explica o historiador Ronaldo Vainfas, entre 1502 e 1504, foram estabelecidas feitorias em Pernambuco, Bahia e Cabo Frio.
-> Algumas dessas feitorias tiveram vida longa, enquanto outras, como uma no Rio de Janeiro, foram destruídas pelos nativos.
-> As feitorias desempenharam papéis importantes e diversos, não apenas na exploração do pau-brasil, mas também na construção do império colonial português.
-> Contudo, as feitorias luso-brasileiras eram mais modestas e menos imponentes em comparação às da Índia ou África.
-> No Brasil, os portugueses não precisaram lidar e negociar com chefes ou reinos africanos, nem com líderes muçulmanos, como na Índia.
-> Essas feitorias tinham um foco comercial.
-> No entanto, também desempenhavam funções diplomáticas e militares, especialmente em momentos de acordo ou conflito com indígenas e corsários.
-> Com tempo houve aumento da competição por territórios, rotas marítimas e produtos por outros reinos europeus, especialmente a França.
-> Portugal percebeu que o sistema de feitorias era insuficiente para proteger toda a costa da América portuguesa de invasões e ataques de piratas.
-> Assim, em 1530, o rei português, D. João III, decidiu intensificar a ocupação e colonização das terras americanas para garantir a posse dessas regiões.
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